Reflexão: Como é ser Mãe na era do 'kIDULTS" (Kids + Adults)

Filhos Criados

Mãe é para sempre, presença necessária em qualquer etapa da vida, tanto que , nos nossos momentos mais difíceis, é nela que pensamos - mesmo que ela já tenha falecido. Mãe é um consolo universal, pois sabemos que ninguém nos ama ou amou tanto quanto ela. Na hora do sufoco, entre rogar a Deus ou à nossa adorada progenitora, Deus fica na retaguarda e nem se atreve a reclamar.
      Porém, abnegação tem limite. Mães são amorosas e dedicadas aos seus filhotes, mas, secretamente, contam os dias para vê-los bem criados, tocando suas próprias vidas profissionais e afetivas, dando a elas o descanso merecido e a certeza da missão cumprida.
      Hoje as coisas mudaram bastante. Filhos saindo de casa na faixa dos 20 anos, abrindo mão de mordomia?
      Não faz muito tempo, na faixa dos 20, todos cumpriam os cinco marcos da vida adulta: finalizavam seus estudos, conquistavam independência financeira, casavam, tinham filhos e seu próprio endereço. Raros são aqueles que cumprem cedo essas metas. Entre os 20 e 30 anos, ainda estão zonzos diante de tantas opções e preferem adiar o amadurecimento até que suas mães os expulsem de casa. Só que Mãe não expulsa filho. E eles, óbvio, vão ficando.
      Em defesa deles, há um estudo que diz que há uma área do córtex cerebral que leva realmente até 30 anos para se formar, justamente a área responsável por planejamentos e priorizações. Porém, depois dos 30 , como se explica que ainda haja adultos vivendo com os pais, sem darem rumo certo à vida?
      O fato é que os jovens andam comodistas, relutando em se jogar no mundo sem alguma garantia. Mas que garantia? "Ninguém constrói a própria história sem arriscar, errar, se frustrar, tentar de novo, passar por dificuldades, erguer-se, cair, erguer-se outra vez".
       Como irão amadurecer sem viverem essas experiências? Enquanto eles analisam calmamente a questão, as Mães  veem o tempo passar e continuam servindo o almoço todos os dias para os marmanjos que ainda não decidiram o que querem ser quando crescer.

TEXTO: REVISTA O GLOBO
ESCRITORA: MARTHA MEDEIROS.
     

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