Saúde: ALZHEIMER: QUE MAL É ESTE?

Ainda sem cura
definida, o mal de
Alzheimer é uma
ameaça à saúde
mental dos idosos,
mas pode ser
evitado                             ALZHEIMER: AFINAL QUE MAL E ESTE?



A chegada da velhice traz uma série de limitações e não é nada fácil para quem já foi dinâmico e ativo
adaptar-se a estas mudanças. Muitas vezes, embora o espírito se mantenha jovem, o corpo já não
acompanha as idéias, reclamando e apontando que os anos se passaram e a força já não é a mesma
para executar o que a mente desejou.
O envelhecimento é um processo natural e decorrente da nossa natureza mortal e precisamos nos
preparar para esses dias. O problema é que nem sempre as limitações que chegam com os anos da
velhice atingem apenas o funcionamento do corpo.Mais difícil que lidar com a dor no joelho é perceber
que a mente já não funciona tão bem. Talvez por isso Salomão, em sua sabedoria, nos adverte a nos
lembrarmos do Criador nos dias da nossa mocidade - "antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer" (Ec 12.1. Como encontrar prazer na vida quando a memória se vai,
quando se sente confuso e desorientado,mesmo diante das tarefas mais simples e rotineiras?
Uma das doenças mais temidas nos nossos dias é o Alzheimer, porque atinge justamente o funcionamento
da mente do idoso.
Afinal, o que é o Alzheimer?

O nome estranho vem do psiquiatra alemão Alois Alzheimer, que foi quem, em 1906, descreveu pela
primeira vez essa doença. Conhecida até em tão como caduquice, o Alzheimer é a forma mais comum
de demência senil:
demência porque atinge a memória, o raciocínio lógico e o comportamento do indivíduo e senil porque
acontece geralmente com pessoas acima de 65 anos, embora seja possível a ocorrência em pessoas
mais novas.
O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, já que se caracteriza pela deterioração e morte de células
de certas regiões do cérebro. Na medida em que as células morrem e formam-se no cérebro as chamadas placas senis, o cérebro não consegue mais funcionar como deveria. Por isso mesmo o sintoma inicial mais comum é a perda da memória. Isso não quer dizer, porém, que todo mundo que tem problemas de memória
está com Alzheimer! Na verdade, a perda de memória- especialmente a memória recente- é apenas um dos sintomas dessa doença que, justamente por ser gradual e insidiosa, muitas vezes permanece não diagnosticada
por um bom tempo, sendo os seus sintomas confundidos com problemas de idade ou de stress.
Como reconhecer a doença?

Os primeiros sintomas aparecem lentamente, e se caracterizam pela perda gradativa da memória, além
de uma gradual redução das funções cognitivas, do raciocínio lógico e da coordenação motora.
Outros sintomas incluem:
- confusão, desorientação;
- alterações de humor: depressão;
- alterações de comportamento: irritabilidade, agressividade (ficam facilmente aborrecidos, chorosos ou
irritáveis);
- falhas na linguagem;
- dificuldades crescentes no julgamento e resolução de problemas;
- declínio no funcionamento cotidiano (vestir-se, lavar-se, cozinhar);
-dissociação da realidade: terminam por não conhecer os próprios familiares e até a si mesmos, distanciando-se da realidade.

SE você suspeita que um familiar seu está desenvolvendo Alzheimer, algumas perguntas o ajudarão a
confirmar a necessidade da busca de ajuda:
- A pessoa apresenta falhas significativas de memória, especialmente de fatos recentes?
Procura desculpas pouco razoáveis para justificá-las?
-Tem estado deprimida? Desinteressada? Agressiva? Tem mudanças bruscas de comportamento?
- Você tem observado mudanças marcantes na personalidade dela- parece está diferente da pessoa que conheceu até aqui? Procede antissocialmente?
- Apresenta comportamento sexual inadequado? Sente-se perseguida? Roubada?
- Tem dificuldades de orientação/ Confunde dias e horários? Já se perdeu? À vezes parece não saber onde está?

A quem procuras?

Diante da suspeita de Alzheimer, a pessoa deverá ser submetida a uma investigação minuciosa pelo médico
- clínico, neurologista ou geriatra. Além do exame físico e de uma entrevista detalhada com o paciente, esta investigação inclui outras ações complementares, tais como exames laboratoriais e avaliação cognitiva e
neuropsicológica. Esta investigação mais ampla é importante, já que não existe nenhum exame laboratorial
que identifique a doença.
O diagnóstico, na verdade, é diferencial, o que significa que é estabelecido a partir da exclusão de outras possibilidades. Uma das possibilidades a excluir, logo de início é a de depressão, já que alguns sintomas
são comuns em ambos os quadros. Geralmente, quando o próprio paciente se queixa de perda de memória
e toma iniciativa de procurar ajuda médica, a possibilidade é maior de estarmos diante de um quadro de
 depressão.Quando por outro lado, são os familiares que sentem a necessidade e a urgência de buscar ajuda, é maior a possibilidade de estarmos diante de um quadro de Alzheimer. Enquanto o depressivo admite suas dificuldades, o portador de Alzheimer geralmente procurará artifícios para tentar ocultá-las.
Infelizmente, como vimos, ainda não há cura para o Alzheimer, por isso mesmo o ideal é que seja diagnosticada ainda no início. Desta forma, seus sintomas poderão ser controlados. Além do conforto do paciente, o tratamento visa retardar o máximo possível a progressão dos sintomas da doença. Algumas drogas são especialmente úteis na fase inicial, mas sua administração e dosagem devem ser personalizadas.

-Cuidados importantes:

Uma vez que o Mal de Alzheimer é uma doença que se desenvolve de forma gradual, ela apresenta vários estágios. À medida que evolui, o seu portador fica cada vez mais dependente do cuidado e supervisão de terceiros
- em geral os familiares. Até para as atividades mais simples e rotineiras, como a própria higiene pessoal e alimentação. A responsabilidade dos filhos aumenta, invertendo-se os papéis - agora são eles que cuidam dos pais! Considerando-se que esses filhos têm também os seus próprios filhos e famílias, a carga física e emocional pode se tornar muito grande, fazendo com que , muitas vezes, também adoeçam: esgotamento e outras manifestações físicas decorrentes do stress são resultantes comuns desse contexto.
Algumas informações podem ser de especial ajuda  para os familiares do idoso portador de Alzheimer.

- A perda de memória geralmente progride lentamente, mas isso é variável.
- A dificuldade de lembrar e a confusão podem ocasionar mudanças no comportamento ( agitação, desconfiança ou mesmo explosões emocionais).
- Se a perda de memória ainda está num grau leve, considere o uso de auxílios de memória ou lembretes para o idoso.
- Evite levá-lo a lugares ou situações não familiares.
- Considere formas de reduzir o stress naqueles que cuidam do paciente: o revezamento dos familiares no cuidado com o idoso é uma boa alternativa.


É possível prevenir o Alzheimer?

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença são inevitáveis:
-O envelhecimento e a predisposição genética. Mas outros fatores de risco podem ser evitados, tais como:
o fumo, a hipertensão o diabetes e o colesterol alto. a maneira  como se vive antes de chegar a velhice também pode contribuir para evitar o seu aparecimento. Segundo os que pesquisam o assunto, essas são
algumas sugestões importantes:

- Mantenha o cérebro ativo em atividades como leitura e outras tarefas que exijam atenção e concentração. Alguns exemplos: escrever com a outra mão, completar palavras cruzadas, tocar instrumentos musicais, disputar jogos de tabuleiro (xadrez, damas etc);
- Pratique exercícios físicos: pelo menos 30 minutos, três vezes por semana ( as pesquisas apontam que isso
pode diminuir em até 50% a possibilidade de desenvolver o Mal de Alzheimer);
- Realize atividades de lazer e de sociabilidade;
- Mantenha uma dieta que inclua frutas, verduras e alimentos ricos nas vitaminas B, C e E.


Texto extraído da Revista VIDA CRISTÃ.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reflexão: A Parábola da Dracma perdida ( Lucas 15. 8-9-10).

Mensagem de fé: A ansiosa solicitude pela vida ( Lucas 12. 22-31).

Mensagem de fé: Facilitador Espiritual